Andréia Nobre – Artigo/Opinião
Diariamente nos deparamos com notícias de acidentes fatais no trânsito. A cada manchete é lamentável saber que vidas foram ceifadas e que, muitas vezes, aquela fatalidade poderia ter sido evitada.
Tudo acontece em um piscar de olhos, porém, as sequelas e marcas deixadas são eternas.
Só quem perdeu um ente querido em acidente de trânsito pode mensurar o sofrimento e a dor. Geralmente são filhos, pais, irmãos, amigos, muitos deles ainda bem jovens, com tantos sonhos e projetos em andamento.
Pasmem, mesmo com tantas consequências catastróficas e com número de mortes alarmantes em todo o mundo, a grande maioria dos acidentes fatais são causados por imprudência humana e poderiam ser evitados.
Segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos acidentes são causados por falha humana. Excesso de velocidade, uso do celular ao volante, falta de equipamentos de segurança como o cinto ou capacete, ingestão de álcool antes de dirigir ou dirigir cansado são as principais causas, revela a pesquisa.
No terceiro domingo de novembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1995, o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, mais conhecido como “WDR, World Day of Remembrance”.
Esta data foi criada com o propósito de convocar toda a sociedade para adotar atitudes conscientes no trânsito, além de homenagear todas as vítimas.
Segundo dados do setor de Estatística e Análise Criminal da Polícia Militar do Acre, até o mês de setembro de 2021, foram 34 vítimas fatais de acidentes de trânsito no Estado, excluindo as vítimas em rodovias federais.
Esses dados não representam apenas números, mas vidas perdidas, famílias, planos, projetos e sonhos desfeitos, representam o fim da linha para aqueles não terão mais uma chance de viver.
Esse assunto precisa ser abraçado pela sociedade, pois existe uma necessidade urgente de conscientização dos motoristas, pedestres e ciclistas para conter essas fatalidades.
No Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, devemos fazer uma reflexão sobre a problemática no trânsito. Cada um precisa assumir sua responsabilidade nas vias sem que seja preciso perder entes queridos para começar a respeitar, perceber os riscos e proteger a vida.
Andréia Nobre, Bacharel em Comunicação Social/Jornalismo, especialista em Planejamento e Gestão no Trânsito, Marketing Digital e Administração Pública, chefe da Assessoria de Comunicação do Detran Acre.